A noite desta quarta-feira, dia 28 de abril, foi de debate sobre o papel do médico-veterinário na defesa do direito dos animais, durante Simpósio realizado pelo curso de Medicina Veterinária do Ceulp/Ulbra, na plataforma Google meet. A presidente do CRMV – Conselho Regional de Medicina Veterinária e Zootecnia do Tocantins Dra Márcia Helena da Fonseca participou do evento e falou sobre “Abandono e Maus-tratos são crimes”, tratando de algumas especifidades da profissão que tem mais de 80 áreas de atuação e é responsável pela saúde dos animais, do homem e por resguardar o meio ambiente também. 

O evento começou com a palestra da advogada Dra Renata Esteves, que mostrou quais são as leis brasileiras que garantem direitos aos animais, sejam eles domésticos ou silvestres.

Em seguida, Dra Márcia falou sobre o trabalho do mv, código de ética que deve reger as ações do profissional, o que deve e o que não pode ser feito, como atendimentos em balcões e de forma on-line sem análise clínica do animal, entre outras coisas.

A médica-veterinária também esclareceu o papel do Conselho na orientação e fiscalização das profissões de zootecnista e médico-veterinário e fez um resumo das ações desenvolvidas recentemente do Conselho. “Sempre que recebemos denuncia de maus-tratos ou charlatanismo, nós encaminhados para a Polícia e Ministério Público para apuração. Além disso, realizamos fiscalizações de empresas, cobramos o Responsável Técnico, realizamos capacitações e eventos que valorizem a atuação dos profissionais”, disse.

Um grande destaque da atuação do Conselho também tem sido as campanhas de conscientização, como o Abril Laranja que fala sobre o combate aos maus-tratos contra animais, realizado neste mês. “Mais do que nunca é um tema que precisa ser debatido, sobretudo durante a pandemia, onde pessoas incentivadas por fake news sobre a covid 19 e os animais, tem abandonado seus pets, privando de comida e água, levando-os ao sofrimento. Esse é um mal que precisa ser combatido”, comentou a presidente.

Outro tema bastante debatido, com troca de perguntas entre os participantes e palestrantes, foi com relação as denuncias que devem ser encaminhadas à Polícia Civil sobre crime de abandono e maus-tratos, e ao Conselho em caso de médicos-veterinários com irregularidades. “Se o profissional está sendo omisso por exemplo, com o trabalho de uma pessoa que não tem formação, ele pode responder por isso em um processo ético, assim como ações que coloquem em risco a saúde dos animais”, explicou, colocando o Conselho à disposição dos acadêmicos e profissionais.

Ascom CRMV TO
Andressa Figueiredo